Claramente, o post foi influenciado pela minha aula de hoje (guerreiras da dança, sábado às 7:30 da manhã!!!! Isso é que é gostar de dançar! :-)...
O grupo Rustiqua é da Bratislava (A-há! Não sabe onde fica, não é? Tudo bem, eu também tive que consultar a Wikipedia...), capital da Eslováquia. É formado pelas bailarinas Dominika, Denisa e Alexandra.
"Notei, ao longo do tempo, que muitas pessoas costumam usar os posts do blog como referências em pesquisas. Para evitar confusões futuras, uma pequena explicação se faz necessária antes de começarmos a falar da Kalbelia...
A primeira vez que eu ouvi falar desta dança foi através da bailarina e professora Kamilla Mesquita, minha companheira no Grupo Amaryllis, responsável por um workshop de danças ciganas. Em outras palavras, a Kalbelia me foi apresentada como uma dança cigana, apesar de não ser muito semelhante à dança romani (ou roma).
Apesar dos ciganos romani terem se originado no nordeste da Índia, o mesmo lugar onde os Kalbelia (este também é o nome deste grupo étnico) se encontram hoje, não encontrei nenhuma referência confiável de que os dois grupos tenham, em um passado distante, tido a mesma origem.
A palavra "cigano" tem mais de um significado. Segundo o dicionário Merriam-Webster, esta palavra pode ser entendida como:
1. Membro de um povo tradicionalmente nômade que se originou no nordeste da Índia e hoje vive no sul e sudeste da Ásia, Europa e América do Norte.
2. Viver ou se mover como um cigano.
Estou, portanto, usando a segunda definição de cigano para este post. Em outras palavras, considero a Kalbelia uma dança "cigana" por conta das característica nômades deste povo e não por acreditar que eles tem a mesma origem dos romani. Como eu disse acima, não encontrei nenhuma referência confiável de que este seja o caso. Também não encontrei nenhuma classificação oficial de tipos de dança que a descrevesse como tal. Se isso ocorrer, o post será certamente atualizado no futuro.
As referências destas informações serão colocadas ao final."
Kalbelia
Kalbelia é o nome tanto de uma tribo quanto de uma dança por eles realizada. Os Kalbelia encontram-se no estado do Rajastão, noroeste da Índia, e são nômades.
Este grupo também é conhecido por serem encantadores de serpentes. Segundo a Wikipedia, sua principal ocupação foi a captura destes animais vivos e o comércio do veneno. Isso mudou com o Ato da Vida Selvagem de 1972. Hoje, o entretenimento é a maior fonte de renda dos Kalbelia. As mulheres ainda vão de casa em casa e cantam de dançam em troca de comida ou doações.
A dança Kalbelia, que inclui diversas danças diferentes, ocorre durante a celebração de qualquer ocasião alegre na comunidade e é parte integral de cultura deste grupo.
Dependendo do tipo de dança, as mulheres vestem roupas negras e bordadas ou roupas muito coloridas, que contrastam com as cores do deserto. Durante as danças, os homens são responsáveis pela parte musical. As músicas são baseadas em histórias e mitologia. Os Kalbelia também tem fama de não só comporem letras espontaneamente, como também de improvisarem músicas durante suas performances.
Dentre as danças Kalbelia, podemos citar a dança Matkee (dançada com diversão diária, por várias mulheres em círculo - no vídeo da Unesco, ela é apresentada em 3:26), a dança Loor (apresentada durante o festival da cores, ou Holi - no vídeo da Unesco, ela é apresentada em 4:40) e a dança da Serpente (que apresenta movimentos que lembram as serpentes - no vídeo da Unesco, ela é apresentada em 7:16).
Tanto a música quanto a dança dos Kalbelia fazem parte de uma tradição oral. Em outras palavras, não existem livros ou manuais que as ensinem ou descrevam. Tudo é passado para as novas gerações de maneira verbal ou através da observação.
Em 2010, passaram a fazem parte da lista de Patrimônio Cultural Imaterial da UNESCO.
Abaixo, segue o pequeno documentário da Unesco sobre os Kalbelia:
Em seguida, dois vídeos com uma famosa dançarina Kalbelia de Jodhpur, no Rajastão:
Sua Devi.
Outra famosa dançarina Kalbelia: Gulabo
OBS: esse aqui tem vários movimentos que vi nas duas aulas que fiz de Kalbelia com a Kamilla... Juro, parece fácil, mas não é! ;-)
"Sem racismo, sem sexismo, apenas dança" (Dancers over 40)
Devo confessar, a idéia de dançarinos de dança do ventre - vejam bem, não estou me referindo aos dançarinos de Dança Árabe Masculina, e sim, Dança Árabe Feminina - me era meio estranha. Dentre as minhas razões, encontravam-se uma certeza ferrenha de que a dança do ventre era exclusivamente feminina, além de uns exemplos não muito bons encontrados pelos Youtube's da vida.
Mas, nada como um dia atrás do outro!
Ano passado, o SPBF (São Paulo Bellydance Festival) ofereceu 5 workshops a um preço bem razoável. Dentre os professores, encontravam-se Maria Sokolova e Renata Lobo, que foram as minhas principais razões para pensar na inscrição. Os outros professores eram um bailarino argentino, Pablo Acosta, a Kahina e uma bailarina da Hungria, Maya Szekely. Resolvi pesquisar vídeos dos professores que não conhecia e, qual a minha surpresa ao ver o Pablo Acosta dançando... Ele é MUITO bom, tem uma fluidez incrível e é muito preciso. Acabei colocando minhas idéias pré-concebidas sobre bailarinos de dança do ventre de lado, me inscrevi e o resultado foi que, de todos os workshops do SPBF, o que mais gostei foi o dele. Voltei fã!
De Setembro para cá (logo após o SPBF), comecei a prestar mais atenção em vídeos de bailarinos. Descobri dois outros que também são muito bons: o primeiro é um russo (Oh, surpresa! He, he, he!) chamado RatXan e o segundo, outro argentino, chamado Ismael Cisterna.
Abaixo seguem vídeos dos três, assim como links com informações sobre cada um deles. Enjoy! :-)
Duas coreografias que me chamaram a atenção recentemente. :-)
A primeira, do pessoal do Shaman Tribal, onde a bailarina Gabriela Góes faz uma fusão do tribal com balé clássico, em uma música do grupo Apocalyptica ("One"). Eu já havia visto algumas tentativas de fusão de dança do ventre e balé clássico, mas confesso que nunca achei que o pessoal havia conseguido algo que mostrasse uma transição fluida entre os dois estilos. Sempre me pareceu que os dois estilos eram tão diferentes que a coreografia ficava meio "óleo e água". No entanto, aqui, elas tiveram sucesso. A coreografia foi apresentada no Show do Festival de Dança SHAMAN'S FEST 2012, em Natal/RN.
(Caso vc não se lembre do grupo, veja os posts anteriores sobre ele AQUI e AQUI TAMBÉM)
A segunda coreografia é cortesia da Daniela (Veja o post anterior AQUI). Ela descreve a coreografia como uma peça vintage, inspirada no Egito e na Algéria.
E quando eu digo que não existe idade certa para dançar... ;-)
Mathilda, a senhora dançando no vídeo abaixo, tinha 26 aninhos... durante a Segunda Guerra Mundial. Ou seja, entre 1940 - 1945... Então, na época do vídeo (2010), ela deveria ter... pelo menos 91???????
E, nada melhor do que começar o ano com boas notícias! A Jinhee Kim estará no Brasil em Março e vai ministrar dois workshops em São Paulo, no SPBF 2013 - Summer Workshops!
Você não se lembra da Jinhee? Sem problemas!!! Segue um vídeo para ajudar a sua memória. Enjoy! :-)
(OBS: caso você ainda queira saber mais, pode olhar o post que fiz sobre ela em Fevereiro do ano passado. É só clicar AQUI)
Os workshops ocorrem no dia 07 de Abril 2013. Os temas são: 11h às 13h: Drum Solo 14h às 16h: Oriental Bellydance O valor dos workshops é de 3xR$50,00 (Janeiro, Fevereiro e Março). Mais informações podem ser obtidas através do email abaixo, com Adriana Lira: saopaulofestival@hotmail.com Ah, você também pode checar a página do evento no Facebook: SPBF 2013 - Summer Workshops