O vídeo abaixo foi produzido, escrito e editado por Isidora Tejedora (antes Bushkovski), uma bailarina incrível! Já fiz alguns posts sobre ela anteriormente (Veja AQUI e AQUI TAMBÉM). A tradução do vídeo segue abaixo. Enjoy! :-)
"Linguagem da vida
Em um planeta brilhante,
Em um cantinho da América do Norte,
Em uma obscura faceta de uma comunidade,
Vivem uma policial e uma poetisa...
Uma enfermeira e uma barista boêmia...
Dois sargentos do exército, muito diferentes...
Uma tatuadora e a mãe de duas crianças...
Apesar de tão diferentes, há um elemento que conecta todas
essas pessoas: a língua que elas falam.
O fato de falarem inglês, como sua língua nativa, é apenas uma
coincidência. A língua que elas escolhem falar é uma das mais antigas formas de
comunicação humana. É mais antiga do que a história escrita.
Esta língua é... a dança.
Não estou preocupada com quais nomes eu deveria chamar nossa
dança... ou qual seria a maneira “correta” de dançar... Mas, me importo com o
impacto que ela tem sobre as vidas daqueles que escolhem abraçá-la.
Sou uma dançarina e uma professora.
Isto significa, apenas, que danço a um pouco mais de tempo
do que meus alunos. E que as pessoas gostam o suficiente do que faço para
querer aprender comigo.
Sou abençoada por ter uma carreira que me leva ao mundo
todo, ensinando, aprendendo, me apresentando e compartilhando... Dando e recebendo
diferentes pontos de vista daqueles que eu tinha no dia anterior...
Sou o apogeu de minhas experiências.
Seriam as sociedades diferentes disso?
Existe um grande poder na dança.
Ela conta a história das origens das bailarinas... Suas
lutas e jornadas. Suas esperanças e medos.
Conta a história de um ciclo de vida infinito... que nos
condiciona para o nascimento... e nos ampara através da vida...
Nos prepara para a morte... e nos ensina sobre o renascer do
espírito...
Com cada ondulação de braço, com cada símbolo do infinito,
com cada círculo desenhado por nossos corpos, contamos as histórias de nossas
vidas.
Não importa a nossa idade, sexo, nacionalidade, religião,
posição social, forma ou temperamento... Esta dança nos une.
Unimos nossas mãos. Suamos, trabalhamos, rimos e choramos.
E, juntos, criamos algo lindo!
Em minha jornada com esta dança, vi uma mulher, antes doente
e presa à cama, ganhar forças para se erguer e girar em alegria. E depois,
ensinar outros a fazer o mesmo.
Vi um guerreiro, endurecido pelas batalhas, aprender a se
conectar, e a dizer as palavras 'eu te amo'.
Vi mais de uma sobrevivente de abuso e estupro não apenas
aprender a se defender, mas também a prender a confiar e fazer florescer sua
essência feminina e sensual.
Este é o poder desta dança.
A dança nos transforma e cada dançarino transforma a dança.
Respirando juntos, nos unindo, crescendo juntos... Somos um grupo de indivíduos
aprendendo a nos mover como um único ser.
Esta dança é a força que conecta uma policial e uma
poetisa... Uma enfermeira e uma barista boêmia... Dois sargentos do exército,
muito diferentes... Uma tatuadora e a mãe de duas crianças...
Quando nos deparamos com os problemas de nossa comunidade
mundial, parecemos muito, muito pequenos...
Alguns dias, eu choro por causa disto...
Pois sou apenas uma pessoa... Em uma obscura faceta de uma pequena
comunidade... Em uma região de um estado... de uma nação, em um
continente...deste planeta brilhante.
Como posso tocar coisas que são tão maiores do que eu?
Tenho que lembrar que não sou uma ilha... E que causo impacto
naqueles que toco... De maneira tão grande quanto aquele que eles causam em
mim.